Dom João Braga

  •                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                            

  • RELATÓRIO DE PARTICIPAÇÃO EM ATIVIDADE
    OS INFILTRADOS: SUB-PROJETO INTERDISCIPLINAR (PILOTO)
    Dom João Braga
    Cristiano Vieira Lemos
    Ao vigésimo segundo dia do mês de outubro de dois mil e treze, realizou-se a primeira atividade interdisciplinar do PIBID na escola Dom João Braga. A atividade contou com a participação das duas grandes equipes interdisciplinares que desenvolverão o projeto a ser aplicado a partir do início do ano letivo de dois mil e quinze.
    Depois de muitas reuniões, ficou acordado entre as equipes, a realização de uma atividade piloto, uma primeira inserção na escola e uma primeira interação entre os bolsistas e os alunos da escola, especificamente com os alunos do segundo ano (que estarão matriculados no terceiro quando da aplicação do projeto em dois mil e quinze).
    O objetivo era introduzir os bolsistas na escola, porém, de modo que ninguém da instituição os identificasse, ou seja, disfarçados, assumindo diversos papeis dentro deste ambiente, portaria, monitoria, merendeira, etc. Também se fez presente alguns estereótipos, geradores de preconceito, encenados por pibidianos. Caracterizados como mendigos alocados em frente a escola, uma aluna  surda, um aluno de intercâmbio e um aluno ¨problema¨, todos oriundos de transferência.

    Relatório Individual: A portaria

    Como deveria chegar de forma discreta, cheguei à escola antes dos funcionários. Neste momento os colegas que representariam os mendigos já haviam assumido seus papéis. Ao chegar o funcionário responsável pela portaria, fui apresentado como o novo porteiro, contratado pela 5ª CRE. Até então, tudo estava na normalidade, porém, começa a chegar aos poucos os outros pibidianos, já caracterizados. O aluno¨ problema¨, a aluna surda, de intercâmbio, e dos demais ¨novos funcionários¨. Um detalhe interessante: Nem eu conhecia muitos dos colegas, já que o grupo na escola é dividido em duas equipes interdisciplinares.
     A acolhida por parte do porteiro Leonardo (Leo), foi muito amistosa, logo no inicio me orientou quanto ao trabalho, e em seguida, começou a chegar os alunos da escola, todos com as carteirinhas à mão, junto com os ¨infiltrados¨.
    Cada professor e funcionário que entrava na escola eram me apresentado pelo Leo, como o novo funcionário – confesso que fiquei bem chateado de me fazer passar por contratado da 5ª CRE, principalmente pela calorosa acolhida.
    Começou a chegar então outros funcionários da escola, a Dona Carmen, que trabalha na portaria junto com o Leo, e também a Rosa que trabalha na limpeza, a Ana do Xerox, e outros. Todos interagiram comigo e me deixaram a vontade.
    Sobre os colaboradores da escola, posso afirmar sem dúvidas, de que dentro do ambiente escolar, os relacionamentos são carregados de amizade e carinho, e me proporcionaram um aprendizado, fruto de uma ¨observação participante¨, de uma experiência de ¨vida¨.

    O desfecho

    O objetivo era nos infiltrar na escola, de forma (mais ou menos) discreta.
    Terminado o intervalo, todos os alunos do segundo ano do ensino médio foram conduzidos ao auditório, onde alguns pibidianos haviam organizado slides com as fotos dos bolsistas, para que fossemos identificados. Isso gerou uma grande  e eufórica participação dos alunos, onde ao identificar cada infiltrado, este subia ao palco e se apresentava.
    Após a apresentação de todos, a coordenadora do PIBID na escola, Prof. (a) Virgínia, fomentou questionamentos sobre as problemáticas levantadas com a atividade, que estava embasada no tema -  Invisibilidade -  nos diversos aspectos que podem se apresentar ( sociológico, físico, histórico, geográfico, etc.).
    Após a apresentação dos bolsistas, do programa e das possibilidades de trabalho, partindo dos trabalhos de pesquisas dos próprios alunos, a atividade teve seu desfecho com entrevistas (filmadas) com alguns alunos sobre o programa e os temas levantados, mas principalmente sobre as impressões sobre a própria ação. Duas equipes de reportagens se formaram no momento, uma com a coordenadora Virgínia, e outra com o coordenador Schild, onde participei entrevistando três alunos, que se mostraram muito envolvidos com o tema .
    Como primeira articulação interdisciplinar, acredito ter superado as mais otimistas previsões. Se tiver que escolher apenas uma palavra pra descrever a atividade, essa palavra seria SUCESSO.